terça-feira, 26 de abril de 2022

Negando e disfarçando

André Esmeraldo, amigão de sempre, possui empresa de auditoria contábil. Na nossa última conversa, ele relatou que, ao fazer auditoria em empresas contratantes dos seus serviços, muitas curiosidades surgem, umas até divertidas, além da árdua lida. Foi ao detalhe ao falar, ao pé do ouvido, que alguns auditados se rendem à tentação de ludibriar o trabalho do auditor. Ficam na vontade, apenas, pois quando o trabalho de auditoria é bem realizado a verdade aparece, seja por meio de documentos ou de palavras. 

Durante o relato, lembrei-me, assim do nada, da canção “Evidências”, de José Augusto e Paulo Sérgio Valle, composta em 1989, sendo muito conhecida, com mais de oitenta regravações. Ela, em dois dos seus versos, ao menos, tem a ver com auditoria, se observarmos com atenção. Abaixo, os versos em vermelho traduzem a relação, apontando a maneira sutil de o auditado agir: (está transcrita somente parte da canção)

“E nessa loucura
De dizer que não te quero
Vou negando as aparências
Disfarçando as evidências

Mas pra que viver fingindo
Se eu não posso enganar meu coração
Eu sei que eu te amo”.

Alfredo Domingos

 

Bagunça

 

Uma bagunça "organizada" conseguiu fazer a união entre o sagrado e o profano, em abril de 2022. Formou-se a junção de Tiradentes, Mártir, decapitado; São Jorge, a cavalo, com lança e dragão; carnaval, uma semana depois da Semana Santa; e uns com e outros sem máscara, em função, ainda, da Covid-19, não pelas fantasias de Zorro, Tiazinha, Salvador Dalí e outras. Vamos que vamos!

Alfredo Domingos