terça-feira, 19 de novembro de 2019

150 textos do blog (este é o 151º)


Uma amiga, escritora, confidenciou-me que tem sempre na gaveta, quis dizer diariamente, uma quantidade em torno de 20 textos prontos, aguardando para a postagem. Produz muito!

Comigo ocorre diferente. Sou significativamente mais lento. Elaboro um texto de cada vez, com intervalo de dias. Não me preocupo com a quantidade nem com a periodicidade. Faço quando estou entusiasmado, voltado para escrevinhar. Busco ideias em pesquisas, leituras e até mesmo nas conversas. Um caso passado por alguém pode receber o meu interesse. As pessoas já conhecem o meu jeito e fazem contato para relatar o que viram ou participaram diretamente. Chegam a pedir a minha escrita a respeito. Cobram!

Gosto dessa cobrança. Sinto-me prestigiado. Além de ser facilitado pelo conteúdo transmitido, no momento da execução.

Utilizo uns papeizinhos soltos com anotações. E não é apenas isto. Uso, também, agendas, blocos e cadernetas. Em consequência, possuo um mundo inteiro de material. O escritor nutre-se dessas informações que circulam. Além dos “ingredientes”, há de se ter inspiração. Isto é vital. Não seleciono parte do dia para escrever. Quando acontece, acontece.

Pois bem, com esta introdução aí de cima, estou comemorando os 150 textos do blog. Textos que foram saindo, tais quais as carimbadas em papel alvo. Batem aqui e ali. Vão deixando marcas. Lembranças. Saudades. Comicidade. Sagacidade. Atrevimento. Verdades. Mentirinhas. Coisas de vida. E tantas outras. Devo registrar a inserção de alguns textos de outros autores, que engrandeceram o conteúdo do blog.

Refletir sobre o que foi escrito não dá muito resultado. Saiu e pronto. Cada momento ditou a voga. Cada momento deu a importância devida. Sentir – senti! Gostar – gostei! Parar - não! Irei à frente!

Conto com vocês para a continuidade! Para a eternidade.

Alfredo Domingos
(meu agradecimento a Diego Lopes, com o qual contei aqui no blog, no início das atividades)

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A-M-O-R




Substantivo composto: Amor-Perfeito!
Para um sujeito composto: ele e ela.
Ah! Bonitão! Linda!
Interjeições e adjetivos, que sobravam.
Sem uma vírgula sequer.
Nem pensar em ponto-e-vírgula e travessão.
Não havia recurso que desse espaço ou tempo.
Um grude só.
Afinal, quem ama o feio, bonito lhe parece.
Anacoluto era permitido.
Os exageros campeavam.
Quem ama excede.
Eles morriam de rir.
Ponto para a hipérbole.
Era amor, querido.
Era florzinha, querida.
Era meu bem.
Era meu tudo.
Era meu gato.
Era minha gatinha.
Anáforas? Sim, senhor!
Por que não?
Portavam-se desbragadamente amorosos.
Numa elipse que dava gosto.
Atribuo valor a quem ama! Respeito.
Era tal de sair pra fora.
Entrar pra dentro.
A sua causa deles beirava a loucura.
Não sem razão, porque o amor sabe como ele é.
Pleonasticamente, assim, a coisa fluía...

Alfredo Domingos

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Cinema no Brasil


O tema da redação proposto pelo Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, no último domingo, 3 de novembro de 2019, suscitou texto dissertativo-argumentativo sobre a “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, com ênfase para os aspectos de respeito aos direitos humanos.
Dessa forma, fazendo-me de candidato à aprovação no exame, deixo uma redação que poderia estar entre as que foram apresentadas.
“A telona é mágica! Surpreendente, mesmo! Assistir a um bom filme é fazer conexão com a cultura e com as histórias da vida.
Estamos na época em que as telinhas, mídias sociais, estão na vanguarda, contendo mais acessibilidade, o que facilita bastante aos amantes da sétima arte. Então, é natural que o cinema tradicional fique para trás.
No contexto atual, há dificuldades para que frequentemos uma sala cinematográfica. A Constituição Federal impõe o acesso à cultura, no seu artigo 23, mas faltam recursos financeiros para deslocamentos, preparo de acessos aos cadeirantes e ingressos, além da ausência das próprias salas, na maioria dos municípios brasileiros.
Com parcos recursos para as soluções básicas das famílias, uma “diversão”, como o cinema, fica em plano inferior, pois as pessoas lhe atribuem baixa prioridade.
Contudo, a chamada “diversão” reveste-se de necessidade, em função do conteúdo cultural e informativo que o cinema detém, considerando, ainda, ser um evento promocional de entretenimento e de convívio social.
A iniciativa privada atua no segmento dos espaços de cinema, mas os recursos públicos, por meio do orçamento anual, devem ser canalizados, também, no sentido de permitir maior alcance à população, principalmente a das periferias das grandes cidades do país, a das regiões Norte e Nordeste, assim como a das cidades de pequeno e médio portes.
Afinal, a cultura distribuída pelo cinema contribui para a melhora intelectual, permitindo que haja resultados positivos em outras áreas de atuação do cidadão.”

Alfredo Domingos