quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Em minhas mãos

Na loja de soutien, durante a espera, veio à cabeça de imediato ter os seus seios em minhas mãos.

Descarto a peça para ficar com a alma, com o desejo da alma.

Livre para ter você, minha querida. Sair do sério. Gritar de alegria. Abrir a janela para a vida. Tomar o vento das boas novas, que só o bem-querer proporciona.

Rir, melhor ainda, gargalhar! Até a cabeça virar para trás. Ficar bobão.

Agarrar vc pelos braços, firme. Sentir o tremer. Encarar. Testa com testa. Provar as lágrimas dos dois. Quentura. Rodopiar de amor.

Beijos. Abraços apertados. Derrubar na cama. Acarinhar. Correr o dedo. Alisar o cabelo.

Corpos grudados. Falar baixinho, tão baixo quanto gemer. Todas as coisas. Da saudade. Da distância inclemente. Da vontade.

Morder a ponta da orelha. Os lábios. Beijos.

Acariciar o rosto molhado. Enxergar pelos seus olhos azuis, quase um oceano. Mergulhar neles. Lembrar-me de que vinham aos meus sonhos, insistentemente. Porém, tão distantes. Angústia.

Então, de repente, ali, proximamente. Meu Deus, que maravilha!

Suas pernas maravilhosas, pra enroscar. Pé com pé, vc comigo. Respiração descontrolada. Barrigas dando entre si. Seios em mim. Resistir para o quê?

Aproveitar. Fazer. Tratar. Dar. Receber!

Alfredo Domingos

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