Em plena primavera, aqui na
minha terra, no Hemisfério sul, eu trouxe da memória o inverno do ano de 2014,
nos Estados Unidos da América (EUA).
Estava na estrada entre Niagara
Falls (as cataratas) e Rochester, esta uma cidade pequena americana, que é
encantadora, estando bem perto da fronteira entre EUA e Canadá, no Estado de
Nova Iorque.
No caminho, pus-me a contemplar
a paisagem fria, de 23 de dezembro, antevéspera do Natal. A época, por si, já é
mágica. Inspiradora!
Observava cinza pra lá e pra cá.
Árvores peladas, porém, em pé, eretas, altivas. Quase nenhuma vegetação em
verde. O resto era queimado pelo frio. Os pinheiros resistem, não é?
(acredita-se que os pinheiros sejam as árvores mais
antigas da Terra. Alguns
podem viver por até 6 mil anos. Há noventa espécies de pinheiros. Eles são mais
comuns nas regiões montanhosas). O rio, por sua vez, passava impávido, livre e
liso. Estrada acolhedora, bem equipada para o passante. Gente sozinha nos seus
carros, mais do que acompanhadas, talvez em deslocamento para as Festas, ao
lado das famílias.
A estrada transforma sonhos em
realidade. Leva à concretude das ideias. Faz acontecer. Permite encontros,
assim como pode desfazer relações. A coisa muda!
Traços de chuva surgindo. Vidros
dos carros chorando longo. Lágrimas compridas.
O dia abraçava o negro. Saía de
cena a tarde para surgir a noite. O nosso carro procurando o destino.
Faróis brilhando. Lanternas
avermelhadas. Riscos brancos e encarnados.
Frio no ar!
No início da cidade de Rochester,
voltando para encontrar a filha, a presença das casas preparadas para o Natal,
com luzes e enfeites. Ambiente acolhedor e Santo! Paz na Terra!
Alfredo
Domingos
Excelente texto! Parabéns!
ResponderExcluir