terça-feira, 11 de agosto de 2015

Luan Santana - um bom exemplo


Considerando os atuais tempos, em que a esperteza é valorizada ao extremo, o que seria normal de ocorrer passou a ser uma exceção, de causar espanto, digna de efusivas referências. Amostra disso: Fulano devolveu uma carteira perdida, recheada de dinheiro. Louva-se! Em consequência, o indivíduo comparece ao jornal televisivo de grande audiência, é enaltecido, etc. e tal.

Não deve ser assim! Até que o objetivo seja o de realçar a boa ação.

A correção constitui-se em parcela inerente ao cidadão. É obrigação. Nasce na família. Melhora na fase de estudante. E se complementa na atividade profissional.

Falando objetivamente, urge que tenhamos mais referências populares para virarem exemplos e ter seguidores, para que não venhamos a precisar de acontecimentos esporádicos.

A população ressente-se desses exemplos, considerando que, por diversos motivos, a estrutura familiar apresenta-se precária, e, em triste complemento, a escola atravessa uma situação ruim, no que tange à formação e ao conhecimento, apontando para dificuldades que tão cedo não serão sanadas. Esse conjunto indica um vazio desolador, cujo preenchimento não está ao alcance do poder público, ao menos no momento.

Mas, há salvação. Na confusão em que estamos quanto ao entendimento sobre idoneidade, respeito ao próximo, cumprimento das leis, retidão de caráter e outros, ainda, vislumbramos pessoas que fazem o seu papel, cumprindo o que a sociedade clama.

Daí, surgem motivos para destacar pessoas; não vale desistir de peneirar alguém que faz a diferença. Nossa juventude não tem mais tempo a perder, há necessidade de condutas impecáveis.

Na história recente brasileira, pescamos na memória: Zico, Senna, Guga, Joaquim Barbosa, Sérgio Moro e Luan Santana. Este último tem passado aos fãs o seu jeito de bom-moço, como cantor da nova geração do ramo sertanejo.

As letras de suas músicas são extensas, mas repassam mensagem de conciliação, de perdão e de esperança. Luan reforça a ideia de que o futuro pode ser melhor.

A principal lição contida no seu trabalho é a possibilidade de voltar atrás, de reconhecer equívoco e acertar a convivência.

Que seja observado o trecho a seguir, da letra de “Escreve aí”, de sua autoria ao lado de Douglas, Bruno e Dudu:

“Mas quem é que eu tô tentando enganar/É só você fazer assim (estalo), que eu volto/É só você fazer assim (estalo), que eu volto, que eu volto/É que eu te amo e falo na sua cara, se tirar você de mim, não sobra nada.”

Está presente acima o recurso da reconciliação, apenas por meio de um estalo de dedos, que é uma ação muito simples, porém, com grande apelo.

A solução encontrada pelos autores da música revela sinceridade, espírito desarmado e, sobretudo, boa vontade na iniciativa de reatar uma separação ocorrida.

Claro, que a nossa abordagem é singela, mas de passo em passo conseguimos resolver questões, sejam quais forem, e, mais que isso, podemos deixar bons exemplos.

Você pensa que não há testemunhas para pequenos gestos? Engana-se. Tudo é constatado, principalmente pelo seu sentimento. Deixe que ele flua. Você obterá excelentes resultados. Tente.

Alfredo Domingos

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