O que é, o que é?
Dobradinha, apertada dentro da embalagem. Mexeu
a primeira vez, nunca mais fica igual. Em pouco tempo, acaba amassada e
danificada.
Termino com o mistério: é a “bula de remédio”.
Papelzinho cabuloso. De letras miudinhas. De
difícil leitura. De conteúdo enigmático - se você conseguir entendê-lo, até o
final, será um vencedor. A doença, por certo, irá embora. Entregará os pontos. Por outro lado, o
tira e retira da bula, quase sempre, causa dano à embalagem. A caixinha, em
pouco tempo, chega ao estado lastimável. Maltratada, com as partes deformadas,
em função de tudo que carrega, num espaço mínimo, inclusive o papelzinho, alvo do nosso papo.
Há pessoas que se negam a penetrar no seu
teor. Outras alegam ser primordial conhecer. As muitas dúvidas cabem ao médico ou
ao farmacêutico sanar.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a bula é um documento legal sanitário que serve para obter informações e orientações sobre medicamentos necessárias para o uso seguro e tratamento eficaz. Ela pode ser de dois tipos: bula para o paciente (que é aquela destinada ao paciente, com termos mais acessíveis e diretos) e bula para o profissional da saúde (que é aquela destinada ao profissional, com termos mais técnicos e informações mais complexas). As bulas devem conter informações úteis sobre prescrição, preparação, administração, advertência e outros aspectos relevantes.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a bula é um documento legal sanitário que serve para obter informações e orientações sobre medicamentos necessárias para o uso seguro e tratamento eficaz. Ela pode ser de dois tipos: bula para o paciente (que é aquela destinada ao paciente, com termos mais acessíveis e diretos) e bula para o profissional da saúde (que é aquela destinada ao profissional, com termos mais técnicos e informações mais complexas). As bulas devem conter informações úteis sobre prescrição, preparação, administração, advertência e outros aspectos relevantes.
Nas entrelinhas, há
vários intentos. Alertar o paciente é um deles, e as precauções diversas do
laboratório, para se guardar de futuros problemas, são os outros. Daí,
observamos informações múltiplas, com nomes e significados complicados.
Então, OK! A
ANVISA carimba a utilidade e a legalidade da bula. Muito bem!
Mas aqui entre
nós, trata-se de seara difícil. Em primeiro, que somente recorremos a ela por
doença, quando estamos fragilizados, o que torna o entendimento um tanto
deturpado, pelo estado de aflição. Segundo, porque nos apegamos ao médico, que
faz a depuração da bula, transmitindo confiança, no que interessa ao paciente
conhecer.
Há casos curiosos
envolvendo a bula:
Marquito, meu
primo, leva na mochila um amarrado de bulas. O coitado teme sofrer, de repente,
de alguma enfermidade, um mal-estar, que seja, e não se lembrar do nome do
medicamento. Faz anotações, na bula, contendo o nome do médico, seu telefone e
a doença respectiva. E ainda coloca por ordem alfabética. Conduz o material
como um patuá, ou uma âncora, para os medos, vai saber...
Joana, a amiga,
estuda os males à saúde por meio da bula. Faz coleção. Ops! Entendo que a
doença esteja nela. Chega a recomendar o “tratamento”, como médica fosse,
baseando-se no conhecimento das bulas, que adquire estudando-as vorazmente. Ela,
na realidade, pratica aventura perigosa. Já foi avisada disso.
O ideal, contudo,
é que não precisemos de medicamento algum. A vida sadia faz bem de muitas
formas: bem ao bolso, bem ao espírito e bem quando inibe a necessidade de horas
de dedicação às bulas, quase sempre sem entendê-las!
Alfredo Domingos
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