terça-feira, 9 de junho de 2015

O amor não é pesado

 Fonte da imagem: www.ideiasnamala.com

Só pode haver erro! Não, de jeito algum, pode-se aceitar que o amor, em forma de cadeado, pese e comprometa a ponte de Paris, de Londres ou de Florianópolis. Mesmo que haja laudos intermináveis, carimbados e assinados, a renegação do amor não deve triunfar. Obrigar a retirada dos cadeados é providência forte! Trata-se de ato arbitrário, desconsiderando a força do amor, representado pelos sonhos de cada um dos casais, que, na euforia, tomou a decisão simbólica de dar bom presságio à união.
Que fosse reforçada a estrutura da Ponte das Artes (o nome conspira a favor do romantismo!), em Paris.
O que eram 45 toneladas em forma de amor?
Quase nada!
O Vice-Prefeito de Paris (convenhamos que “Vice” não é o mandachuva, mas fazer o quê?) alegou que os cadeados atrapalhavam a “estética” da ponte, além do abalo estrutural.
Começando pelo início, devemos dizer ao “Vice” que o amor jamais compromete a estética, a estática e a graça de qualquer coisa, ainda tratando-se de pedra e cimento. O amor, sobretudo, enobrece, acerta e complementa todos os empreendimentos.
A peraltice, que cercava o ato da colocação dos cadeados, obedecia ao ímpeto da benquerença, à irracionalidade sadia de quem ama. Ademais, constituía-se em procedimento de turista, que é um animado por natureza, inconsequente no melhor sentido.
A ideia do uso do cadeado pode ter tido origem, lá atrás, na segurança que ele transmite, o que tem a ver com o amor que se deseja para sempre.
Deixemos o recado, para terminar:
- Sr. “Vice”, era para ter mantido a invencionice. Certamente, o Sr. acharia outras maneiras de sustentar a ponte. O amor é extremamente leve, não se esqueça, experimente!

Alfredo Domingos

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