segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A-M-O-R




Substantivo composto: Amor-Perfeito!
Para um sujeito composto: ele e ela.
Ah! Bonitão! Linda!
Interjeições e adjetivos, que sobravam.
Sem uma vírgula sequer.
Nem pensar em ponto-e-vírgula e travessão.
Não havia recurso que desse espaço ou tempo.
Um grude só.
Afinal, quem ama o feio, bonito lhe parece.
Anacoluto era permitido.
Os exageros campeavam.
Quem ama excede.
Eles morriam de rir.
Ponto para a hipérbole.
Era amor, querido.
Era florzinha, querida.
Era meu bem.
Era meu tudo.
Era meu gato.
Era minha gatinha.
Anáforas? Sim, senhor!
Por que não?
Portavam-se desbragadamente amorosos.
Numa elipse que dava gosto.
Atribuo valor a quem ama! Respeito.
Era tal de sair pra fora.
Entrar pra dentro.
A sua causa deles beirava a loucura.
Não sem razão, porque o amor sabe como ele é.
Pleonasticamente, assim, a coisa fluía...

Alfredo Domingos

Nenhum comentário:

Postar um comentário