quarta-feira, 25 de março de 2015

A seta de Deus


Aprendi, desde cedo, que as coisas de Deus são para cima. Aquilo que é rasteiro, negativo e sub-reptício não pertence a Deus.
Nossos pensamentos devem ser para cima e positivos. As ações serem produtivas para nós e para os demais.
A foto mais acima, de longe, inspirou-me a imaginar uma seta feita pela natureza e, daí, por Deus. Seu formato não poderia ser diferente. Base da copa larga, onde cabem todos, e apontando para o alto. Permite pensar que, com as próprias mãos, Deus esculpiu a seta, indicando que todos têm condições de chegar até Ele, abrigados pela seta que os conduzirá. E mais ainda, que Ele marca presença por meio da seta, ratificando:
- Venham até mim, ergam seus pensamentos. Estou aqui! Quando queremos falar com Deus, levantamos a cabeça e as mãos para cima, buscando encontrá-lo no céu. A seta aqui selecionada, a árvore, indica a direção das alturas! Para lá vão todos os nossos sonhos e esperanças. Ah! Os nossos alívio e paz também estão no céu.
A segunda foto permite que vejamos mais de perto e compreendamos o motivo da minha inspiração.


Essa fuga de pensamento deu-se na cidade serrana de Teresópolis, no Rio de Janeiro. Ali, em função da altitude, quase novecentos metros, ocorre a noção de que estamos mais próximos do céu e de Deus. Vê-se o céu com mais nitidez à noite. Não há em demasia poluição nem iluminação para reduzirem o brilho do firmamento.
As atividades da cidade são menos intensas do que aquelas de um grande centro, dando chance para chegarmos à janela ou debruçarmos nas sacadas e deixarmos os pensamentos voarem. Os sentimentos, provavelmente, abraçam a seta de Deus e tomam rumo inimaginável, mas tudo sob a Sua vigilância.
De repente, num dia qualquer, a seta dispara e se transforma em foguete. Ganha voo. Ziguezagueando de cá para lá e vice-versa. Devemos considerar que foguete movido a poesia não se locomove reto. As curvas são poéticas!
Quem sabe chegará a Deus? Se Nossa Senhora ajudar...
Prometo falar baixinho ao entrar no céu, com um pé lá, outro cá, para não estragar a mansidão.
Agradecerei pelo muito recebido. Pedir? Pedirei! Sempre há milagre a realizar.
Se na verdade a seta partir, digo com fé, sairei também. Irei à luz. Não juro que voltarei.
Sei lá...!

Alfredo Domingos

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