quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Ser ético faz bem e é dever



ÉTICA - é palavra de origem grega (ethos), que significa “propriedade do caráter”. Ser ético é conduzir-se dentro dos padrões convencionais e das regras impostas, agindo convenientemente, em proveito próprio e da coletividade, sem prejudicar o próximo.
Para ilustrar:
Um homem decidiu levar seus filhos ao circo. Na bilheteria, a pergunta:
- Olá, quanto custa a entrada?
O vendedor responde: - R$ 40,00 para adultos, e R$ 30,00 para crianças de 7 a 14 anos. Crianças até 6 anos não pagam. Quantos anos eles têm?
E o pai responde:
- O menor tem 3 anos e o maior 7 anos.
O rapaz da bilheteria diz:
- Se o Sr. tivesse falado que o mais velho tem 6 anos, eu não perceberia, e o Sr. economizaria R$ 30,00.
E o pai responde:
- Talvez você não percebesse, mas meus filhos saberiam que eu menti, para obter uma vantagem, e jamais esqueceriam.
 E finaliza:
- A verdade não tem preço. O exemplo é educativo. Hoje, deixo de economizar R$30,00, que não me pertencem por direito, mas ganho a certeza de que meus filhos sabem a importância de sempre dizer a verdade.
Esta pequena história nos permite conceber que:
*- Nada deve substituir a verdade.*
*- Educar, entre outras coisas, é dar o exemplo.*
*- Jamais devemos fazer concessões, pequenas que sejam, à mentira, ao conluio, a levar vantagem indevida.*
*- Sermos corretos, em primeiro lugar, faz bem a nós mesmos.*
A corrupção começa nos pequenos gestos, e, além de tender a tomar grandes proporções, é passada às novas gerações como algo comum, que não tem problema, sem causar espanto. Mudar uma situação da qual reclamamos ou não concordamos depende, inicialmente, de nós. Façamos algo, do nosso alcance, no nosso “mundo”, para que haja melhora em vários setores da sociedade, inclusive nas atividades profissionais.
A falta da ética leva-nos a cometer absurdos e abusos, que resultam em prejuízo para os próprios delituosos e para os demais. Ficamos sem autocensura, a trava sobre nossas ações fica frouxa.
No caso dos agentes públicos, o exercício da ética é essencial e mandatório. Não se consegue sucesso e benefícios para todos, na gestão pública, quando inexiste ética. A ética, que não deixa de ser o bom modo de ser, tem como aliados o cumprimento às leis, a transparência, a escolha de auxiliares competentes, a experiência, o respeito ao que está sob a nossa guarda e às pessoas, e assim em diante.
A história acima, do pai e filhos, que foram ao circo, destaca o “exemplo”. No seio da família, quando faltam exemplos, a perda é relativamente pequena, com impacto somente para mais tarde. Na administração pública, a falta de exemplos contamina toda a cadeia hierárquica, inclusive, desestimulando aqueles que agem com seriedade, fazendo com que os cidadãos comuns deixem de receber os direitos que lhes cabem, ou recebam a menor, num curto espaço de tempo.
Deixamos um convite: pensemos seriamente nesta nossa conversa sobre ética, que, despretensiosamente, pretende incentivar a todos a conduzirem-se de forma reta, considerando os atributos necessários e favoráveis a uma sociedade.

Alfredo Domingos
(história inicial, do pai e filhos, de autor desconhecido, foi adaptada por este autor)

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